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Seja uma voz e não um eco



Iniciei funções no Hospital Garcia de Orta no dia 07 de julho de 2003 no serviço de urgência. Tinha já alguns anos de experiência no sector privado mas não existe experiência alguma que supere o trabalho numa urgência de um hospital. Foi sem dúvida um enorme teste às minhas capacidades e limitações, fui obrigada a crescer, a questionar e a lidar com um turbilhão de emoções e sentimentos infindáveis.

Em 2011 fui convidada a integrar a área da formação, e desde essa altura que desempenho funções no actual Centro Garcia de Orta que por sua vez integra 3 áreas, a formação, o ensino e a investigação. Por opção e motivação pessoal investi em mim e licenciei -me em gestão de recursos humanos com um suplemento ao curso na área da organização de grandes eventos, que realizei em Wroclaw na Polónia e sendo a formação um subsistema dos recursos humanos e considerando que no Centro Garcia de Orta me é permitido participar na organização de eventos, posso afirmar que hoje faço o que gosto o que é extremamente gratificante.

Ao longo dos anos de trabalho no hospital, fui-me apercebendo da união que existe nas diferentes categorias profissionais, principalmente na área de enfermagem. Organizam-se em grupos e comissões, estão constantemente a reinventar procedimentos e estruturas que lhes permitem um maior controle e visibilidade a nível da categoria que representam. É verdade que na área da saúde o objectivo é "tratar" o utente, mas por detrás disso tudo existe uma instituição com uma gestão, com regras específicas e práticas de procedimentos que por sua vez possibilitam a "organização" de todas as actividades desenvolvidas no hospital. A função do Assistente Técnico é aquela que sustenta a base da instituição mediante a pratica regular, previamente definida, através do uso de plataformas, do cumprimento de normas e regras de procedimento. Sem esta organização e controlo que está implícito na gestão do hospital todas as outras actividades, como a marcação de consultas, internamentos, exames, seriam algo completamente "desgovernado".


Além dos Assistentes técnicos que trabalham directamente no atendimento ao utente, existem muitos outros também que fazem um trabalho de backoffice, que tratam do processamento de salários, das compras, finanças... Etc. Por estas razões e muitas outras considero que o trabalho do Assistente Técnico é um dos pilares do hospital e deve ser considerado como tal.


No entanto também é importante salientar que não podemos ficar de braços cruzados à espera que nos dêem o valor que merecemos, está na altura de nos unirmos porque temos um grande potencial e juntos podemos fazer muito quer pela instituição, pelos utentes e principalmente por nós próprios, porque antes de pertencermos uma instituição, antes de sermos um utente, somos humanos com uma capacidade gigante à espera de ser bem aplicada.

Ter um papel activo, participarmos e envolvermo-nos é o caminho para termos "Voz".


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